03/07/2015

Fanfic: Minha Muito, Muitor Estranha Vizinhança - Capítulo 30

Capitulo 30 - Ok, isso era muito, muito menos esquisito?

– Está tudo bem? – Phil perguntou e o olhei de canto de olho, minha mãe riu.

– Sim, na verdade Bella já sabe querido. – ergui o rosto e Phil tinha uma careta e se afastou um pouco de mim.

– Sabe de tudo?

– Sim, Edward contou a ela o que vocês são.

– Ela não tem nenhum alho, tem?

Olhei feio pra ele, era muita falta de educação, ficar lembrando essas coisas. Mamãe riu negando.

– Phil, não seja bobo, sabe que eu não compro mais alho. – ele pareceu um pouco aliviado, mas mesmo assim ainda me olhava desconfiado.

– Então, está tudo bem? Sabe todo o negocio de vampiros?

– Sim, depois do choque inicial, Bella está aceitando muito bem. – ele sorriu pra mim.

– Isso é ótimo Bella, Renée estava realmente preocupada que você não nos aceitasse. – ele deu um breve olhar para minha mãe e não pude deixar de sorrir, era parecido com os olhares que Edward dava para mim.

– Eu só precisava sentir o mesmo que ela pra entender. – murmurei distraidamente e ambos sorriram.

– O elo entre companheiros é muito forte, deve ser por isso que agora você aceita com mais facilidade. – murmurou Phil e minha mãe sorriu abertamente.

– Então você e Edward são realmente companheiros... – mamãe meditou com um sorriso, suspirei assentindo.

– Sim, nós somos.

– Isso é ótimo querida, fico tão feliz, mas se você amasse um zumbi ou um lobo eu ficaria feliz por você também.

Ah agora aquelas conversas aleatórias bizarras que eu ouvia faziam sentido.

– Nada contra as outras espécies, mas eu não acho que conseguiria beijar um zumbi sabendo que ele come cérebros. – Phil riu e minha mãe arregalou os olhos.

– Eles comem cérebros?

– Claro que não Renée, de onde tirou isso Bella?

– Ué é o que eles comem nos filmes. – murmurei evitando seus olhos e ele riu de novo.

– A alimentação dos zumbis é complicada, eles podem viver de comida humana, mas não os fortalece, por isso a mistura de zumbi é o que realmente eles precisam.

– Mas e antes de ter essa mistura esquisita?!

– Bem... – ele começou hesitante e gemi.

– Não fale, prefiro não saber. – Phil riu e abraçou minha mãe a beijando na bochecha.

– Quando quiser saber é só falar. Amor, eu vou tomar um banho. – murmurou dando mais um beijo nela e saiu da cozinha, suspirei olhando minha mãe que olhava bobamente para onde Phil tinha ido e sorri.

– Vocês são muito bonitos juntos. – ela sorriu mais e assentiu.

– Ele é meu mundo inteiro.

– Você não acha meio confuso? Tipo como saber se ele ama mesmo, ou é essa coisa de companheiros, e como saber se o que sente é amor e não só está encantada por ele? – ela sorriu.

– Bella o que você sente, no seu coração? Essa coisa de companheiro é forte mesmo, e quando um vampiro encontra o seu ele não pode amar mais ninguém, o coração dele pertence a sua outra metade. Mas o humano pode não sentir o mesmo, Phil disse que é raro de acontecer, mas acontece. Então não é uma coisa que você não pode controlar, ou você o ama ou não, depende do que vai no seu coração.

– Nossa.

– Sei que deve ser muita coisa, mas se você sente que Edward é o que você sempre quis, não o afaste, aproveite esse sentimento, aproveite o amor que vocês compartilham.

– Eu faço isso. mas... o que me preocupa é que eu só tenho 17, e estou tendo esses sentimentos tão intensos, e não sei o que fazer com eles. – ela pegou minha mão a apertando.

– Querida, isso é normal, o amor é um sentimento poderoso, ele nos tira a razão, nos deixa bobos, nos faz fazer coisas que nunca pensamos que faríamos. Mas também é uma sensação maravilhosa, ficar inundado de tanto amor, que você esquece de si próprio para pensar somente no outro. E é terrivelmente assustador se entregar assim, mas é ai que está o amor, é se entregar, deixar sua vida, sua alma e seu coração na mão do seu amor.

– Nossa. – repeti e ela riu.

– Sim, e se você sente isso por Edward, só... bem dizem que se apaixonar é como cair, pular de um penhasco esperando que seu amor esteja lá embaixo para te segurar, se você sente que Edward está esperando por você, pule.

– Então você pulou?

– Querida eu pulo todos os dias um pouco mais.

– Obrigada mãe. – me levantei a abraçando e ela me apertou contra ela e beijou meu cabelo.

– Estou feliz que possa a ajudar querida.

A soltei e olhei pela janela para a casa de Edward, eu realmente queria vê-lo agora, eu queria dizer a ele que eu o amo, por que eu o amava. O que minha mãe disse era exatamente o que eu sentia. Eu confiava no meu vampiro com todo o meu ser, e a cada dia eu confiava mais, eu o queria mais.

Era muito recente, e porra eu só tenho 17, mas eu sei que eu nunca sentirei por ninguém o que eu sinto por Edward.

Olhei de volta para minha mãe, ela olhava pra mim com um sorriso debochado e ri.

– Eu vou... – comecei e ela rolou os olhos.

– Claro, mas vai até a casa dele ou ele vai continuar entrando pela janela? – abri e fechei a boca algumas vezes sem saber o que dizer.

– Como? – falei baixinho e ela riu.

– Bella, Phil é um vampiro, ele ouve quando Edward entra no seu quarto. – minha cara ficou quente e voltei a abrir e fechar a boca.

– Merda. – deixei escapar quando finalmente falei e ela riu mais.

– Não se preocupe, no começo eu não gostei muito, mas Phil me convenceu que vocês não faziam nada de mais, que você só dormia.

– Graça a Deus... – suspirei, mas comecei a tentar lembrar, não fizemos sexo quando eles estavam aqui né?

Eu honestamente não conseguia me lembrar, e felizmente Phil não deve ter ouvido nada, mas já ficava o lembrete, manter o amiguinho de Edward em suas calças quando ele passar a noite.

– Eu vou, até os Cullen. – falei por fim, e ela sorriu.

– Claro, eu deixarei seu jantar no forno. – piscou e ri assentindo.

Dei um beijo nela e sai de casa, caminhei rapidamente até a casa dos Cullen, e bati, pouco depois o Sr. Cullen atendeu com um sorriso.

– Bella.

– Oi senhor... – comecei e ele me olhou feio e ri. – Carlisle, como vai?

– Muito bem querida, e você? – sorriu abertamente.

– Bem também, Edward está?

– Claro, entre. – ele abriu mais a porta me convidando a entrar, e sorri agradecida, ele me levou até a escada e olhou para cima. – Edward está lá no quarto, você sabe o caminho, não é?

– Sim.

– Então pode subir.

– Obrigada. – já ia começar a subir, quando ele me chamou.

– Vai ficar para o jantar?

– Não precisam se preocupar comigo Carlisle, minha mãe já voltou, ela está deixando o jantar pra mim, vocês não precisam se dar ao trabalho. – ele bufou.

– Bella, não é trabalho algum, adoramos ter você em casa. – sorri alegremente.

– Ah se é assim, na próxima, minha mãe já fez a comida em casa, mas outro dia eu vou adorar.

– Perfeito.

Nos despedimos e fui apressadamente para o quarto de Edward, bati na porta, e ele murmurou um, “entre”, e sorri entrando no quarto.

Edward olhava para o teto distraidamente, o som do quarto estava ligado tocando algum rock que nunca tinha ouvido. Quando fechei a porta ele me olhou e sorriu, o sorriso mais lindo de todos.

– Bella. – saltou da cama e mais rápido do que meus olhos processaram ele estava na minha frente.

– Poxa. – ele riu e me abraçou pela cintura me erguendo, passei meus braços por seu pescoço e ele me apertou mais contra seu peito e me levou até a cama.

– Senti sua falta, você demorou.

– Desculpe, eu fiquei falando com minha mãe.

– Está tudo bem? – ele nos deitou na cama ainda me abraçando, ficamos deitados de lado nos encarando.

– Sim, foi bom falar com ela. Me ajudou a entender muitas coisas, a compreender na verdade.

– Que coisas você precisa compreender? – levei minha mão até sua testa e afastei uma mecha de cabelo, beijei seu nariz, suas bochechas, olhos e boca, quando me afastei ele sorriu abertamente, seus olhos tão intensos que me faziam suspirar.

– Que eu te amo. – se possível os olhos dele ficaram mais intensos e seu sorriso era o maior que já vi.

– Ama?

– Claro, eu sei que disse que eu achava, mas eu amo. Era só...

– Coisa demais.

– Sim, de repente, meu namorado perfeito é um vampiro, e meus amigos são zumbis, meu padrasto também é vampiro, e são tantas novas informações, o que eu sinto por você é tão forte, e apareceu tão de repente que não parecia real. Mas eu sei que é, pois eu nunca vou sentir esse amor que sinto por você por mais ninguém. Eu sinto isso, bem aqui. – peguei sua mão e coloquei entre meus seios, meu coração batia rápido o que o fez sorrir.

– Eu sinto isso também Bella, bem aqui. – colocou minha mão em seu peito silencioso e suspirei. – Bem no meu coração, ele pode não bater como o seu, mas se ele batesse seria só por você.

– Você diz as coisas mais doces.

– Só digo o que sinto. Só digo o que minha alma sente por você.

– Bem, a minha diz pra te dizer que te amo o tempo todo. – ele riu e me puxou me colocando sobre ele.

– Hmmm, eu gosto de como sua alma pensa. – ri enfiando as mãos entre seus cabelos e colando minha boca na dele, Edward gemeu, e suas mãos passearam por meu corpo indo até minha bunda e a apertando.

Cantarolei contra seus lábios e puxei seu cabelo mais forte. Ah se seu pai não estivesse em casa.

[...]

– Não tem problema mesmo eu estar aqui, Bella? – Ângela perguntou novamente e rolei os olhos.

– Não, minha mãe adora ter a casa cheia, pena que Alice e Jasper não quiseram vir conosco. – resmunguei enquanto convidava todos a entrarem, e os guiei para a sala.

Desde o meu surto que eu não os via e estava começando a me preocupar.

Edward me abraçou pelos ombros e beijou minha bochecha.

– O que há de errado?

– Por que Jasper não vem mais ficar com a gente? É por causa da irmã dele, eu só não gosto dela, mas eu gosto dele. – ele riu.

– Bella não se preocupe com isso, ele só... Brandon é difícil, ela não gosta de ficar com a gente.

– Nossa, por que será, nós somos tão legais. – todos riram e corei, havia esquecido que eles estavam ali.

– Nós realmente somos Bellinha, mas Alice é uma dor na bunda, não sei como Jasper a aguenta. – murmurou Emmett e sorri.

– É o amor Emmett.

– Isso mesmo Emmett, olha só pra mim, completamente apaixonado por uma humana mandona. – olhei feio pra Edward que riu e me deu outro beijo na bochecha, o ignorei e me voltei para os outros.

– Vamos nos sentar gente, precisamos fazer o dever e vocês tem algumas coisinhas a me contar. – chegamos a sala e Emmett deu um empurrão em Edward e jogou os braços em volta dos meus ombros.

– Não se preocupe Bellinha, eu vou lhe contar tudo que há pra saber sobre zumbis. Você vai ser uma expert no assunto quando eu acabar. – piscou e ri, Edward o empurrou e me abraçou pelos ombros novamente, nos sentamos e ele me puxou para seu colo.

Os outros sentaram também, e começaram a pegar seus cadernos e livros.

– Eu não quero ser uma expert, só saber algumas coisinhas. – murmurei fazendo uma careta, não queria saber tanto assim sobre os zumbis.

– É Emmett, ela quer saber mesmo é sobre os lobos. – Rosie piscou pra Emmett que rolou os olhos e a abraçou.

– Vocês viram cachorros quando tem lua cheia, o que há mais pra saber? – ela deu uma cotovelada nele.

– Não viramos cachorros, viramos lobos com mais de dois metros de altura.

– Caralho, você vira um lobo de verdade?

– Sim. – ela falou orgulhosamente e fiz uma careta.

– E o que acontece com o pelo?

– Que pelo?

– Sabe os lobisomens não são peludos? – Emmett começou a gargalhar acompanhado de Ben, Rosie beliscou Emmett que se calou e Ben ganhou uma cotovelada de Ângela.

– Só tem mulher agressiva nessa cidade. – resmungou Ben e Emmett concordou.

– Eu não sou agressiva. – resmunguei e Edward riu.

– Tá acredito. – lhe dei um tapa e ele riu. – Nada a comentar. – o ignorei e me voltei para Rosie.

– Então e ai Rosie?

– Quando nos transformamos vem o pelo, mas quando voltamos ao normal o pelo cai todo.

– Até na sua... – comecei a falar, mas me calei olhando os homens em volta, minha cara ficou vermelha e os meninos começaram a rir e olharam pra Rosalie, até Ângela olhava com curiosidade para ela.

– Eu não vou responder isso. – rosnou cruzando os braços, e Emmett a apertou contra ele beijando seu pescoço.

– Por quê? É curiosidade cientifica da Bellinha, amor? – ele sorriu maliciosamente para Rosie e ganhou outro beliscão.

– Certo... – comecei mudando de assunto, e todos me olharam. – E sobre os zumbis?

– O que tem? – Ben perguntou arqueando uma sobrancelha e bufei.

– Ah sei lá, tudo que eu sei sobre zumbis, é que ou eles saem comendo cérebros ou andando gemendo e bem lentamente. – Emmett e Ben começaram a gargalhar de novo.

– Que filme é esse?

– Madrugada dos mortos?

– Cara eu adoro esse filme. – Emmett gritou e Ben fez uma careta.

– Sério? Os zumbis parecem umas lesmas.

– Mas é maneiro, dominamos o mundo, uhuh. – ergueu os braços comemorando, e Rosie riu.

– E Extermínio? Os zumbis são rápidos. – ofereci e Ben bufou.

– Pra começar é um tipo de vírus não são zumbis.

– Tem aquele outro, Resident Evil, esse é maneiro. – Emmett falou animadamente e Ben rolou os olhos.

– Cara é uma humilhação para os zumbis.

– Você num gosta de nada cara.

– Gosto de filmes de qualidade.

– Qualidade? Que filme de zumbi é de qualidade?

– Er.... – Ben tentou pensar em algo, mas obviamente não tinha nada a dizer, o que fez Emmett sorrir.

– Exatamente.

– Cara é só matança, comilança de carne humana... não tem conteúdo nenhum.

– Por isso é legal. Eu não quero conteúdo, quero ver os zumbis detonando, se eu quisesse conteúdo iria ver... er algum filme com conteúdo.

Os dois começaram a discutir sobre filmes de zumbis e todos só ficamos olhando.

Rosalie finalmente gritou fazendo os dois se calarem.

– CHEGA! Bella você tem mais alguma pergunta?

– Mas não me responderam a ultima.

– E qual era a ultima?

– Ah sobre os zumbis. Sei lá, vocês envelhecem, vocês vieram de onde? E o que comem? – Ben e Emmett se entreolharam e deram de ombros.

– Fácil. Envelhecem só os zumbis que nascem zumbis, os transformados param de envelhecer quando transformados. De onde viemos, é meio confuso, é como uma transformação de vampiro que deu errado.

– De vampiro? – Ben assentiu e tomou a palavra.

– Dizem que um cara foi transformar a companheira, mas ele bebeu demais dela, ele até tentou dar do seu sangue, mas não funcionou, então ele a enterrou. E ela voltou à vida, ai ele tentou de novo dar sangue pra ela, e ela bebeu um pouco, mas ela não tinha fome de sangue e sim carne.

– De boi né? – perguntei ansiosamente e eles riram.

– Credo não, de gente mesmo, ai como eles já estavam em um cemitério ele deu carne humana de morto pra ela, bem daí veio o primeiro zumbi.

– Nossa, mas ai vocês comem carne de humano?

– Antigamente se comia, mas de morto, de gente viva é ruim.

– Emmett. – Rosalie guinchou e ele riu.

– É brincadeira amor. A gente só come de morto mesmo. – fiz uma careta e Ângela também.

– É, mas felizmente inventaram a mistura pra zumbi.

– É aquilo que você estava bebendo na sua casa, Emmett?

– Isso mesmo Bellinha.

– E você ia me dar pra comer?

– Emmett. – Edward olhou feio pra ele que riu.

– Eu não ia dar pra ela, e pela cara de nojo dela, ela nunca beberia. – corei e pigarreei.

– Então como os zumbis se transformam agora?

– Do mesmo jeito, um vampiro tem que drenar até a ultima gota e enterrar em seguida, na noite seguinte você acorda zumbi, mas tem que comer carne humana logo em seguida, ou morre.

– Nossa. Isso é muito louco.

– Isso é só o começo do que vai ver em New Vale Bellinha.

– Bella? – minha mãe entrou na sala e sorriu ao ver todos. – Olá pessoal. – todos a cumprimentaram e a apresente a Ben e Ângela.

– Oi mãe, tudo bem a gente ficar aqui?

– Claro querida, que tal um lanche?

– Claro, vai ser ótimo.

– Então o que vocês querem?

– Um shake sangrento. – Edward e Angela pediram, ao mesmo tempo.

– Mistura de zumbi feliz. – Ben e Emmett falaram alegremente.

– Um hambúrguer mal passado. – Rosie pediu com um sorriso.

Olhei para meus amigos e em seguida para minha mãe que riu.

– Felizmente pra vocês eu tenho essas coisas, ou iam passar fome.

Assim que ela saiu da sala olhei para Rosie.

– Hambúrguer mal passado?

– O que?

– O que exatamente lobisomens comem? – ela riu dando de ombros.

– Comemos comida normal, mas temos preferência por carne crua, ou bem mal passada ainda sangrando.

Ok, isso era muito, muito menos esquisito?

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