26/06/2015

Fanfic: Minha Muito, Muito Estranha Vizinhança - Capítulo 23

Capitulo 23 - Ok, isso era muita, muita loucura?

– Shake vampiro sangrento. – li em voz alto e olhei pra Jasper com os olhos arregalados, na foto do produto havia um cara com presas enormes e sujas de uma coisa vermelha e sorrindo erguendo o copo do produto.

Jesus cristo.

– Que merda é essa Jasper? – ele me olhou e em seguida para o pote em sua mão, e forçou um sorriso.

– Shake sangrento?

– É... – olhei para os lados e sussurrei. – Sangue? – Jasper engasgou e olhou para os lados, ele parecia prestes a correr.

– Bella por que... bem por que acha isso?

– O que eu pensaria, chama Shake vampiro sangrento, o que mais seria?

– Bem, não é sangue, tipo seria loucura se fosse não é? – olhei para Jasper por um momento, ponderando se devia jogar meu alho nele também, mas ainda estava lacrado e eu nem paguei pelo negocio, e podia ser preza por usar o produto sem pagar.

E a ultima coisa que eu precisava era minha mãe vir me buscar no mercado, por eu ser presa por estar abrindo potes de alhos e jogando em possíveis vampiros.

Mas uma coisa era meio obvia, vampiros ou não, esse povo de New Vale tinha uns hábitos alimentares muito bizarros.

– Bella você está bem?

– Hein?

– Você pareceu meio perdida, está tudo bem?

– Sim, sim... eu só percebi uma coisa que não tinha percebido antes. – murmurei distraidamente e ele pareceu confuso.

– E o que é?

– Que é o que? – ele riu.

– O que você percebeu?

– Oh... eu percebi... bem percebi, que isso ai parece ser muito nojento. – me afastei dele caçando meu sorvete, e passei longe quando vi um produto com um lobo na frente, eu nem queria saber o que era.

Achei finalmente o sorvete normal e agarrei e sai o mais rápido possível dali, infelizmente Jasper estava me seguindo.

– Bella tem certeza que está bem?

– Claro que sim, estou ótima, só um pouco confusa, mas não mais que o normal desde que eu cheguei aqui.

– No mercado?

– Não, na cidade. – grunhi e ele riu, entrei em uma fila pequena, e Jasper ficou ao meu lado.

– Você quer um conselho?

– Eu vou gostar dele?

– Acho que sim.

– Então fale.

– Sei que New Vale não é o lugar perfeito que parece, mas de uma chance.

– Eu dou, mas às vezes parece que tem tantos segredos, e esse negocio de preconceito, me deixa... Exasperada.

– Eu entendo, mas às vezes os segredos são guardados por um bom motivo.

– Eu espero que sim, ou vou ficar muito irritada quando os descobrir. – ele riu e apontou mostrando que era minha vez, passei minhas coisas e paguei, Jasper deixou sua bebida esquisita de lado e me acompanhou para fora do mercado.

– Sabe não precisa me levar até o carro.

– Não tem problema, e eu só queria ter certeza que está bem.

– Eu estou sim. Só... tem muita coisa na minha cabeça no momento.

– Ok.

Nos despedimos e dirigi para casa, minha mente fervilhava. Essas comidas estranhas, o jeito como eles agiam quando ofendiam seu ser místico. Será que realmente na cidade havia de verdade seres místicos? E se era por que ninguém me contou?

Por que se fosse, eu podia ofender alguém e acabar sendo, mordida, ou seja, lá o que eles façam com quem irrita eles. Minha cabeça está tão confusa. Coração artificial, vampiros, zumbi feliz, shake sangrento, era tudo tão fora da realidade que não podia ser real... Deus espero que não seja real.

Estacionei em frente a casa e olhei minha sacola de compras, jogar alho em Edward não parecia mais uma boa ideia, por que e se ele fosse um vampiro de verdade e começasse a queimar, mas e se ele não fosse e me achasse uma fodida louca?

– Bella? – alguém chamou dando uma batida na janela, meu coração quase saiu pela boca com o susto.

– Jesus Cristo! – ofeguei com a mão no coração e olhei pela janela e suspirei aliviada ao ver Edward me encarando com um sorriso.

– Oi vizinha. – sorri um pouco e sai do carro, ele pegou minha mão me ajudando, e pegou minha sacola.

– Oi.

– Tudo bem?

– Sim, você me assustou. – acusei ainda tentando acalmar meu coração, Edward riu e me abraçou pelos ombros, beijando meu cabelo.

– Desculpe, eu estava preocupado com você.

– Eu fui ao mercado.

– Por que não me chamou? Adoraria ter ido com você. – rolei os olhos.

– Sabe a gente num precisa fazer tudo juntos. – não que eu não quisesse fazer tudo com ele, por que eu queria, mas as vezes eu sentia como se Edward sentisse obrigação de estar comigo todo o tempo, e eu não queria isso, então ficar afastado nem que seja um pouco não devia fazer mal, eu espero. Felizmente Edward sorriu e me abraçou pela cintura.

– Não precisamos, mas eu gosto de fazer tudo com você. – corei um pouco mais sorri, já que ele pensava assim.

– Ah já que é assim, da próxima eu te chamo. – ele escovou seus lábios contra os meus, mas se afastou antes que eu aprofundasse o beijo.

– Então o que comprou?

– Alho.

– Alho? – ele perguntou confuso e tapei a boca quando notei o que disse, Edward me olhou divertido. – Não sabia que era um fã de alho. – pigarreei.

– Bem a muita coisa sobre mim que não sabe. – ele arqueou uma sobrancelha, mas sorriu.

– Sabe você tem razão.

– Eu tenho?

– Lógico que tem. Como a muita coisa sobre mim que você não sabe.

– Oh... e vai me contar? – ele sorriu abertamente.

– Se você me contar sobre você.

– Bem o que quer saber? – perguntei um pouco desconfiada e ele riu mais.

– Hmmm, eu preciso pensar, tenho muitas perguntas.

– Sério? – eu estava chocada pra dizer no mínimo, o que ele queria saber de mim? Não era eu que estava andando por ai com um coração que não bate.

– Não fique tão surpresa Bella, tudo sobre você me interessa.

– Bem, eu me interesso por você também.

– Isso é bom. Então o que quer saber?

– Posso perguntar qualquer coisa?

– O que quiser.

– S...

– Hey vão ficar ai a noite toda crianças? – minha mãe chamou e bufei, isso que era hora inconveniente, se bem que conversar no meio da rua era inconveniente também.

– Já vou mãe. – resmunguei e me voltei para Edward. – Quer entrar pra jantar?

– Eu já comi.

– O Shake sangrento? – Edward arregalou os olhos.

– Onde viu isso?

– Mercado. – Edward praguejou baixinho e esfregou a mão no rosto.

– Bella sobre isso... – ele não continuou, ele parecia procurar as palavras, suspirei e o abracei pelo pescoço.

– Ta tudo bem Edward, eu entendo.

– Entende?

– Sim, você aqui de New Vale tem hábitos alimentares bizarros, mas quem não tem?

– Você é muito distraída Isabella.

– Por que diz isso? – ele afastou uma mecha do meu rosto e beijou meus lábios rapidamente.

– Por que é, mas eu gosto disso em você.

– Gosta é?

– Gosto de tudo em você. – sorri e o abracei apertado, seu corpo frio era bom contra o meu, e seu coração silencioso já não me incomodava mais, eu já estava me acostumando com as diferenças bizarras de Edward, vampiro, ou seja, lá o que ele for.

– Melhor eu entrar. – murmurei contra seu peito, e ele assentiu me soltando.

– Claro, te vejo amanhã. – estranhei que ele não disse que ia no meu quarto e segurei sua mão.

– Ainda vamos falar amanhã?

– Falar?

– Sim, sabe pra nos conhecermos melhor. – Edward sorriu e acariciou meu rosto com sua outra mão.

– Mal posso esperar. – me deu mais um beijo, e não o soltei, ele arqueou uma sobrancelha. – O que?

– Vai sair hoje?

– Não, por quê? – dei de ombros o soltando.

– É só que você não pediu para ir ao meu quarto, e... – Edward riu me interrompendo. Ele me abraçou me erguendo até ficar cara a cara com ele.

– Eu não pedi por que eu vou ao seu quarto, quer você queira ou não. – sorri abertamente.

– Ah então tudo bem. – Edward riu de novo e me deu mais um beijo antes de me mandar pra dentro, peguei minha sacola e corri pra colocar meu sorvete no congelador antes que derretesse.

Jantei com minha mãe, conversamos um pouco, mas minha mente estava em outro lugar, em Edward como sempre, e em que tipo de perguntas eu faria para ele.

Sua cor favorita, ou sua banda favorita, ou quem sabe você bebê sangue em garrafa ou diretamente de pescoços... Ok essa era uma péssima pergunta. Mas do jeito que eu estava curiosa era bem capaz de eu perguntar isso mesmo para ele.

Quando fui dormir nem me assustei ao entrar no quarto e encontrar Edward largado na minha cama, somente sorri. Fui para o banheiro me trocar, deitei com ele, ele me abraçou apertado e deitei a cabeça em seu peito.

Aproveitei o cheiro da sua pele, seu corpo pressionado contra o meu e o silêncio do seu peito e adormeci rapidamente.

Amanhã eu me preocuparia com o que quer que ele fosse. Agora eu só queria ficar com meu namorado.

[...]

– Sua cor favorita? – Edward perguntou na fila para o almoço, nós estávamos fazendo perguntas desde que ele me pegou na hora de ir pra escola, estávamos nas coisas light, tipo livros, musicas e cores.

As perguntas mais tensas, eu ia perguntar quando eu o tivesse sozinho no meu quarto, e de preferência com as portas fechadas, por que se eu fizesse alguma pergunta que o chateasse eu podia tirar a blusa e o distrair com meus peitos.

Uma garota tem que usar as armas que tem.

– Bronze. – falei de uma vez, e ele arqueou uma sobrancelha e corei. – Quer dizer, dourado. – ele sorriu e corei mais ainda, merda. – Não er... azul?

– Você está me perguntando?

– Não, to dizendo, azul. – murmurei e ele riu. – E a sua?

– Essa é fácil, mogno, como seus cabelos, e chocolate como seus olhos.

– Edward! – corei mais ainda e ele riu alto.

– Ai meu Deus, da pra parar com essa melação, antes que eu vomite?

– Vai te catar Emmett. – Edward xingou e Emmett fez sons de engasgo fazendo eu e Rosie rir.

Sentamos na nossa mesa de sempre e Ben e Jasper já estavam lá, e pareciam muito amiguinhos.

– Hey pessoal. – eles nos cumprimentaram, e como sempre sentei no colo de Edward, Rose sentou no do Emmett e deixamos uma cadeira vaga, Edward olhou para o lugar com uma sobrancelha arqueada e dei de ombros.

– Eu convidei alguém pra sentar com a gente.

– Ai meu Deus, quem é o próximo?

– Se for Jacob Black eu saio. – resmungou Jasper e em seguida olhou pra Rose. – Sem ofensa.

– Credo, claro que não. – fiz uma careta e em seguida me virei pra Rosie. – Sem ofensa. – ela riu.

– Tudo bem, contanto que nosso convidado não seja Tânia Hale. – ela fez uma careta de nojo e se virou pra Jasper. – Sem ofensas.

– Te zuou Jazz. – Emmett gargalhou e rolei os olhos.

– Não é Tânia, nem Jacob. – olhei feio pra Jasper, ele sabia muito bem quem era, mas ele só riu.

– Então quem é o misterioso amigo novo? – perguntou Edward de novo, e já ia abrir a boca, quando Alice entrou no refeitório, dei uma olhada significativa para Rose que seguiu meu olhar e também olhou com expectativa pra ela. Afinal eu havia relatado o encontro no mercado, lógico que eu deixei de lado o porquê eu estava no mercado.

Rosie ainda não estava por dentro do meu plano de tacar alho no Edward, e ela podia me achar louca. Essas coisas tinham que falar com calma.

Voltando a Alice, ela entrou no refeitório e olhou para os lados procurando algo, quando ela nos viu. Ela respirou fundo e veio em nossa direção. Prendi a respiração a olhando com animação, eu estava praticamente pulando no colo de Edward, e ele teve que segurar minha cintura para me manter quieta.

– Hey gente. – Alice murmurou baixinho quando se aproximou e praticamente todo mundo estava boquiaberto, Jasper era o pior, notei que estava meio silencioso e olhei em volta e parecia que a escola inteira estava olhando Alice chocados.

Poxa a menina devia ser um terror.

– Oi Alice, feliz que veio. – cumprimentei e chutei a canela de Jasper que saltou e passou a mão nervosamente pelo cabelo.

– Oi Alice.

– Hmmm, oi Hale. – ela arrumou uma mecha do seu cabelo curto, e ficou olhando para seus pés, e Jasper olhando pra ela.

Meu Deus, será que eu tinha que fazer tudo?

Olhei para meu prato e tinha um sanduíche, catei um pedacinho e taquei em Jasper que me olhou confuso.

– Convida ela pra sentar. – sussurrei e ele assentiu freneticamente e puxou a cadeira vazia que era ao lado dele.

– Alice, sente-se. – ela olhou para ele e depois para a cadeira, e sentou ficando rígida, Jasper sentou também, e todos ficamos em um silêncio tenso.

Comecei a tamborilar meus dedos na mesa, e olhei em volta em busca de ajuda, mas Rosalie brincava com o cabelo de Emmett, e evitava me olhar, Emmett olhava meio embasbacado para Alice, assim como Ben. Já Jasper ficava encarando Alice que sempre que olhava pra ele, baixava o rosto e ficava puxando a barra da manga da sua blusa cumprida.

Olhei pro meu Edward e ele me encarava com um pequeno sorriso.

– O que?

– Não está sendo como você esperava? – ele sussurrou e contive a vontade de chutar sua canela.

– Quieto. – resmunguei e ele riu.

– Pra sua sorte, eu gosto de você. – franzi o cenho confusa com seu comentário, mas entendi quando ele puxou conversa com Ben e Emmett, os dois pararam de encarar Alice e conversaram animadamente com Edward sobre o jogo da escola ou algo assim. Notei que os alunos voltaram a conversar normalmente e tentei me focar em Rose e não ficar encarando Alice, ou ela se sentiria desconfortável.

– Rose, tem igreja em New Vale? – perguntei chamando sua atenção, e felizmente ela estava do meu lado, e não precisei gritar, assim nem os meninos nem Alice e Jasper prestaram atenção na gente.

– Tem sim, fica quase na entrada de New Vale.

– Hmmm, me leva lá depois? – ela franziu as sobrancelhas e dei meu melhor sorriso, ela se aproximou de mim, para cochichar no meu ouvido.

– Espero que não tenha haver com o que me pediu.

– Claro que tem.

– Bella isso é loucura.

– Por quê? Eu preciso saber.

– Por que você não simplesmente pergunta pra ele?

– Por que se ele não for ele vai achar que eu sou louca.

– Quem vai achar você louca? – Edward perguntou no meu ouvido, e o olhei feio.

– Ninguém, para de escutar minha conversa e vai conversar com os meninos. – mandei e ele riu e beijou meu pescoço.

– Ok, vou fingir que não ouvi nada.

– Obrigada. – voltei a olhar para Rose, mas ela olhava para Jasper e Alice, e minha boca quase foi ao chão, quando os vi.

Jasper sussurrou algo no ouvido de Alice e ela riu baixinho e mordeu o lábio, ele era todo sorrisos, me voltei para Edward que estava olhando seu amigo paquerando uma zumbi e parecia chocado.

– Eu disse. – dei meu melhor sorriso e ele riu.

– Você é terrível.

– Mas você me adora mesmo assim.

– E como. – ele piscou e suspirei.

Quando o sinal tocou todos fomos para as aulas, Jasper fez questão de acompanhar Alice para seu armário, o que eu achei absolutamente fofo. Edward me puxou para nossa próxima aula voltando a fazer perguntas.

[...]

– Mãe cheguei. – chamei ao entrar em casa, a mão de Edward na minha e sorri quando vi que estávamos sozinhos. – Vamos pro meu quarto. – me apressei em puxá-lo para cima o fazendo rir.

– Você está com segundas intenções Isabella!? – ri quando chegamos lá em cima e me virei para ele, andando de costas ainda o levando para meu quarto.

– Talvez, mas eu quero continuar nossa brincadeira de perguntas. – ele sorriu maliciosamente.

– Hmmm, agora posso fazer perguntas mais atrevidas. – ri e assenti.

Assim que entramos no quarto fechei a porta passando a chave, e largamos nossas mochilas no chão.

Empurrei Edward para a cama e sentei sobre seu estomago, ele agarrou minhas coxas me olhando com um sorriso safado.

– Quem começa?

– Você primeiro. – falei e ele fez um biquinho em quanto pensava e me abaixei e beijei sua boca, ele sorriu contra meus lábios, mas me afastei antes que ele aprofundasse o beijo. – Na ni na não, perguntas primeiro. – ele suspirou e sorriu.

– Ok, me fale sobre seu pai.

– Meu pai?

– Sim, você não fala muito dele, me conte sobre ele.

– Ah ele era ótimo, muito divertido, adorava esportes, eu nunca fui uma fanática por esportes como ele, você sabe que eu praticamente posso ser assassinada por uma bola. – fiz uma careta o fazendo rir e voltei a falar. – Mas eu gostava de assistir jogos com meu pai, principalmente jogos de futebol.

– Isso é legal.

– Ele era ótimo. – deitei sobre seu peito e encostei a cabeça aonde seria seu peito e suspirei. – Edward, posso fazer uma pergunta?

– Claro.

– Você é um vampiro? – o senti ficar rígido de baixo de mim e me levantei para encará-lo.

– Você... você sabe que sim. – ele murmurou e o encarei seriamente.

– Mas eu digo de verdade. E não uma “brincadeira” de New Vale.

– De verdade?

– Sim, me diz Edward você é realmente um vampiro? – ele me encarou por um momento e suspirou assentindo.

– Eu sou. – sussurrou e pra não deixar eu ter duvidas, ele se sentou ficando com o rosto colado no meu e presas apareceram em sua boca.

Ok, isso era muita, muita loucura?

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